crônicas

Meu eterno amigo que levei para a vida Muitos dizem que já estou um pouco velha, mas na verdade estou no inicio da minha vida, tenho muitas histórias para contar ainda, tanto para crianças quanto para os adolescentes, mas os adultos já me conhecem tão bem que sempre falam sobre mim e sobre a minha vida, e isso me deixa muito feliz, pois sei que nunca serei esquecida. Há alguns anos, tive o prazer de conhecer e conviver com uma família muito especial, eram dois adultos e quatro crianças, mas, uma dessas crianças, quando adulto, se tornou muito conhecida. Ele que nasceu em 19 de abril de 1941, com o auxílio de uma parteira, no quarto de seus pais, teve um infância muito feliz, isso porque desde pequeno já demonstrava gostar muito de música e até hoje dentro de mim, as pessoas encontram o velho piano em que ele fazia suas aulas e o aparelho da Rádio Cachoeiro, onde ele cantou pela primeira vez em um programa infantil com apenas nove anos. Também é possível encontrar sua certidão de nascimento pendurada em uma de minhas paredes para ser vista pelo público, tenho três quartos que eram ocupados pela sua família um pelos seus pais, outro por seus dois irmãos e o último ocupado por ele e sua irmã, mas lembro que fiquei muito triste quando ele me deixou com apenas 13 anos, mas sei que tinha seus motivos e sempre torci por ele e sua família, pois sabia que eles seriam felizes e que eu teria uma longa história para contar para o mundo todo. Depois que ele ganhou asas e voou, eu fiquei basicamente sozinha, nada me trazia felicidade, até que a prefeitura local me restaurou para valorizar minha arquitetura original, confesso que me acho muito mais bonita do que antes, isso porque ganhei cores novas, fotos, quadros, discos, instrumentos musicais enfim, me senti como se tivesse voltado para o dia em que o conheci pela primeira vez e juro que tentei segurar minhas lágrimas, mas não foi possível pois me lembrei do quanto me fez sentir-me bem e muito melhor do que eu era antes. Depois, comecei a receber várias visitas das pessoas que, queriam saber um pouco mais sobre a história dele e, eu mesma contava tudo, cada detalhe que tinha não estava ali por estar, e sim, para contar sobre sua vida e seus momentos comigo, e toda vez que via alguém indo embora, ficava observando a reação das pessoas. É mágico, pois em todas elas, as reações eram de felicidade e emoção e eu também ficava feliz e me emocionava bastante, pois sabia que elas tinham adorado saber tudo sobre sua história. Depois muitos anos, ele veio me visitar, fazendo uma turnê pela cidade, que sorte a minha, pude abraçar meu velho amigo e companheiro, me senti muito feliz em vê-lo novamente. E agora você deve estar pensando quem sou eu, não é mesmo? Sou uma casa muito conhecida em minha cidade, sou a Casa de Cultura Roberto Carlos, que fica situada na cidade de Cachoeiro de Itapemirim. Hoje em dia, posso dizer que nada me deixa triste, pelo contrário, me deixa muito feliz pois sei que faço parte da cultura dos cachoeirenses, que sempre lembram dele com todo o amor e carinho, e se não fosse ele, o Rei Roberto Carlos, eu não teria essa história tão especial para contar. História de uma grande amizade, que o tempo carrega em seu colo com todo zelo e que jamais será apagada nas memória e nos corações, pois há um sentimento profundo que nos envolve. É como ele mesmo diz, o meu menino Roberto: - “Como é grande o meu amor por você”. 
AUTORA: MARIA EDUARDA DA SILVA ALUNA DO 9º ANO 
 
 
De onde eu vim Geralmente quando conheço pessoas através da maravilhosa internet, uma das primeiras perguntas que elas me fazem é: de onde você é? E claro, eu respondo a verdade: sou de uma belíssima cidade, é como diz aquela frase do meu grande e velho amigo, o cronista Rubem Braga, “Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser em voz baixa: ' Eu sou lá de Cachoeiro... '” O que elas não sabem, é que no lugar onde eu vivo, eu posso experimentar a sensação de acordar com cheirinho de café fresquinho, com o canto dos passarinhos e de longe escutar o som de um belo galo de crista vermelhinha cocoricando, isso é um sinal de que está na hora de acordar para cuidar dos animais e apreciar do lado de pessoas que eu amo os mistérios e a beleza das montanhas. Outra sensação incrível que o lugar onde eu vivo me proporciona é acordar bem cedinho com aquela voz tão delicada que só a mãe da gente tem, me chamando para ir à praia. É muita euforia e correria de, pega bolsa aqui, prepara água gelada lá, e as cadeiras e sombrinhas que não se pode esquecer, porque sentar na areia não dá mesmo! E quando a gente chega na praia e tem "quinhentas" pessoas no mar, cachorros na areia, pessoas tomando banho de sol na areia, sem contar das comidas que são vendidas, como camarão empanado, peixe e salgados fritos, açaí e picolés quase derretidos por conta do calor do meio dia? Enfim, é realmente uma "farofada", mas quer saber, que farofa boa, daquelas que você quer todo fim de semana. E a melhor parte de tudo isso é chegar em casa e tomar aquele banho gostoso pra tirar o sal do corpo e perceber o quanto você se queimou de tão bom e gostoso que estava o sol e o mar. Outra coisa que aqui também tem, são festas culturais. Tem a Festa da Polenta, Festa da Penha, Festival de Sanfonas e Concertinas, sem falar nos lugares encantadores que existem aqui. Me emociono ao falar deste lugar, pois somos abraçados pelas cidades vizinhas, sabe aquela proteção de mãe? É exatamente assim que sentimos, somos protegidos e amados por nossas cidades vizinhas. No caminho da escola, consigo ver as lindas montanhas verdes e o famoso (nem tão famoso assim), Pico do Itabira e um radiante e envolvente nascer do sol entre os montes, me desejando um lindo dia e me proporcionando a esperança de que o brilho do meu estado nunca irá se apagar. 
AUTORA: SOFIA KOPPE FERNANDES BETTCHER ALUNS DO 9º 1
 

Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino