Nutrição

22/12/2011 15:58

Bacharelado

 

Nutrição é a carreira ideal para mim?

 

É a ciência que investiga e controla a relação homem-alimento para preservar a saúde humana. O nutricionista planeja, administra e coordena programas de alimentação e nutrição em empresas, escolas, hospitais, hotéis, restaurantes comerciais, spas e asilos, entre outros locais. Ele define os cardápios das refeições, sugerindo pratos que supram as necessidades nutricionais de clientes, pacientes ou hóspedes. Orienta e prescreve dietas individuais ou de grupo, para diabéticos, hipertensos, obesos, pacientes de doenças renais, hepáticas ou qualquer outra cujo tratamento exija acompanhamento alimentar específico. Para garantir a qualidade do que vai ser consumido, seleciona os fornecedores, controla matérias-primas e supervisiona a preparação dos alimentos.

O mercado de trabalho

O mercado está aquecido para o nutricionista, especialmente no setor público e nas indústrias. "O mercado está bastante diversificado e sofisticado. Os egressos encontram oportunidades tanto em restaurantes simples, por quilo, como nos de alta gastronomia e em organizações não governamentais para lidar com projetos de combate à desnutrição e fome. No setor público, há muitos concursos para atuar em programas de alimentação e saúde, principalmente no âmbito municipal", explica Maria de Lurdes Mendes Vicentino Paulino, coordenadora da graduação da Unesp de Botucatu. No âmbito federal, há vários programas em andamento. O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) exige que o responsável técnico seja um bacharel em Nutrição. O mesmo vale para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), mais conhecido como merenda escolar, que determina às prefeituras que contratem nutricionistas para cuidar da alimentação das escolas públicas. Esses profissionais também integram os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que dão suporte direto às equipes do Programa Saúde da Família (PSF), do governo federal. O Sul e o Sudeste do país, em razão da grande concentração de indústrias, ainda são as regiões que mais empregam. Também há considerável oferta de emprego no segmento de alimentação coletiva, que abrange alimentação institucional (restaurante industrial), empresas de tíquete-refeição (em que o profissional é responsável, por exemplo, pelo credenciamento e descredenciamento dos estabelecimentos que aceitam o tíquete como forma de pagamento) e de cestas de alimentos (em que uma das funções do nutricionista é fazer o cálculo nutricional dos itens que compõem as cestas). Redes varejistas, como supermercados, restaurantes, padarias e bufês, contam assiduamente com os graduados. Indústrias alimentícias, como a Nestlé, a Unilever e a Sadia, costumam abrir vagas para o profissional de desenvolvimento de produto. Além disso, com o aumento do número de obesos e de casos de doenças do metabolismo, como a diabetes, e a crescente preocupação das pessoas em ter uma alimentação saudável, a tendência é que haja mais procura pelo nutricionista. As melhores oportunidades estão em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte, mas é possível encontrar vagas em regiões industriais, como Campinas, no interior de São Paulo, e Camaçari, na Bahia.

Salário inicial: R$ 1.503,27 (44 horas semanais; fonte: Federação Nacional dos Nutricionistas).

O curso

A maioria das disciplinas do currículo básico é da área médica, como fisiologia, anatomia e bioquímica. Mas boa parte do curso é dirigida à formação profissional, com aulas teóricas e práticas sobre qualidade nutricional dos alimentos, educação e higiene alimentar e avaliação nutricional. Nas aulas práticas de cozinha, o aluno aprende técnicas de preparo e conservação dos alimentos e investiga as transformações que eles sofrem antes de ser disponibilizados para o consumo. As disciplinas de patologia, farmacologia, dietoterapia e microbiologia dos alimentos complementam a formação profissional. O estágio é obrigatório, assim como o trabalho de conclusão de curso.

Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer

Administração

Supervisionar e gerenciar a produção de alimentos em indústrias alimentícias. Supervisionar e gerenciar a produção de refeições em cozinhas industriais, hospitais, restaurantes de empresas comerciais, creches, escolas, asilos, spas, hotéis, empresas de serviço de bufês e congelados.

Catering

Elaborar cardápios para empresas diversas, como companhias aéreas e produtoras de cinema e TV ou de espetáculos teatrais.

Controle nutricional

Criar cardápios balanceados para todos os tipos de cliente.

Desenvolvimento de produto

Pesquisar e desenvolver produtos para a indústria alimentícia, fazendo testes culinários e degustação dos pratos. Prestar consultoria a empresas do setor de alimentos.

Gastronomia

Controlar a qualidade da cozinha e as condições de higiene de restaurantes. Elaborar cardápios.

Marketing

Coordenar pesquisas de produtos, testes de receitas e serviços de atendimento ao consumidor, tanto em indústrias alimentícias quanto em cozinhas experimentais.

Nutrição clínica

Prescrever dietas a pacientes de hospitais, clínicas, instituições de longa permanência, ambulatórios e consultórios, além de adaptar a alimentação aos tratamentos clínicos. Formular dietas de emagrecimento e para qualquer tipo de patologia. Promover a reeducação alimentar. Gerenciar bancos de leite humano e lactários.

Nutrição esportiva

Elaborar e coordenar o acompanhamento alimentar de atletas e praticantes de atividade física, criando dietas adequadas.

Saúde coletiva

Realizar e coordenar atividades de alimentação e nutrição para programas institucionais, de atenção básica e de vigilância sanitária.

Docência e pesquisa

Atuar em atividades de ensino, extensão e pesquisa relacionadas à alimentação e à nutrição.

 


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino