Newton Braga - Eterno Apaixonado

26/09/2011 09:27

 

      

 

Newton Braga - Eterno Apaixonado

    Newton Braga ,nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 11 de agosto de 1911.Advogado, jornalista e grande poeta brasileiro.

Se tornou  célebre por sua belíssima obra, que envolveu diversas crônicas e poesias.Irmão do grande cronista Rubem Braga , e exumerável amante das artes , suas poesias exaltavam romanticamente a natureza , e revelavam a essência de cada sentimento.

Escrevia com ardor ,mais de forma singela, com letras fortes, que revelavam sua paixão  por sua cidade, vida e pelas mulheres.    

 

    Newton só não destacou-se como seu irmão ,pois não era de seu desejo.Era notável o amor com que se referia a sua terra natal em seus versos.

    Nesse ano de 2011 ,Newton se estivesse vivo completaria 100 anos ,e em homenagem a ele , a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim , vem promovendo projetos e eventos para uma maior interação da população com suas obras.Criador do título Cachoeirense Ausente e do feriado de Cachoeiro de Itapemirim , contribuiu para o bem da cidade que tanto adorava.

Eis aqui algumas de suas poesias  grandiosas:

 

NAMORADOS

Quis ser sincero uma vez. Tomei-lhe a mão entre as minhas,                      
- como nas velhas baladas -
pousei meus olhos nos seus,
- como nas velhas cantigas -
e lhe falei, docemente, verdades desconsoladas:
- Tu não me és indispensável mas me fazes bem.
Eu te quero um pouco de amor, um pouco por hábito.
Não és a que eu esperava, mas sentirei, se tu partires.
Percebi uma promessa de lágrima nos olhos dela e me
acovardei:
- Mentira, querida. Tu és o meu primeiro, o meu único amor;
O meu sol, a minha razão de ser.

Mentiras já tão bisadas...
Tal qual nas velhas cantigas
Tal qual nas velhas baladas...

 

MOTIVO

Cadê, moço, aquela coragem de outros tempos,
aquela ligeireza de gestos, tão elástica,
aquela ousadia cheia de sorrisos confiantes?
cadê, moço, a alegria ruidosa de antigamente,
aquele ar seguro de triunfo de teus olhos,
aquela espontaneidade, aquela despreocupação,
aquele aprumo no andar?
Quem te fez tão outro assim?

Pensei, com tristeza, no outro eu que ficou lá para trás
(tão longe...)
Pensei com tristeza...
Ia responder a tudo com um nome de mulher.
Mas respondi apenas:
A Vida.

 

 

Por : Loren Cristina Vasconcelos 2º ano vespert.


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino