Engenharia de Energia

22/12/2011 16:21

Bacharelado

É o ramo da engenharia que planeja, analisa e desenvolve sistemas de geração, transporte, transmissão, distribuição e utilização de energia. O engenheiro de energia lida com todas as formas de energia que compõem a matriz energética brasileira - seja ela renovável, como hídrica, solar, eólica ou de biomassa, seja não renovável, obtida de petróleo, carvão, gás natural ou material radioativo, como o urânio (usado em usinas nucleares). Na área pública, pesquisa e traça estratégias para o setor energético. Avalia as necessidades de uma região ou setor e desenvolve projetos econômica e socialmente viáveis, sempre buscando soluções seguras e sustentáveis, que não agridam o meio ambiente. Além disso, ele coordena programas de contenção e uso racional da energia. Seu campo fundamental de trabalho inclui empresas de projetos de engenharia, como Promon e Setal, agências reguladoras, como Aneel, e organizações não governamentais.

O mercado de trabalho

O país poderá passar por uma crise energética e ambiental nos próximos anos, segundo o Plano Brasil 2022, elaborado pelo governo federal com metas e ações estratégicas para promover o desenvolvimento. Uma das maneiras previstas para evitar o colapso será investir em fontes de energia hidrelétrica e nuclear, além das energias alternativas, para diminuir a emissão de carbono com a queima de petróleo e derivados. Rico em diversas fontes energéticas, o Brasil tem potencial de crescimento em pesquisa e desenvolvimento na área de energia. Por isso, o mercado tem crescido para o engenheiro de energia tanto no setor público como no privado. "Por ser um profissional preparado para atuar não só com a questão energética em si, mas relacionando-a à ambiental e às necessidades de crescimento do país, ele não tem dificuldades em se colocar no mercado de trabalho", explica Otávio de Avelar Esteves, coordenador do curso da PUC Minas. "Multinacionais como a Vale já abrem vagas para esse profissional, a fim de coordenar projetos em eficiência energética", complementa. Indústrias, empresas de maneira geral e órgãos públicos buscam soluções energéticas de melhor custo-benefício de acordo com seu tipo de produção, e esse engenheiro é solicitado para fazer a análise e determinar qual tipo de fonte energética é a mais eficiente. Os maiores empregadores são as concessionárias de energia elétrica, além da Petrobras, Eletrobrás, usinas de etanol e biodiesel e companhias de transporte de distribuição de gás natural. As melhores oportunidades estão nos estados de forte perfil industrial, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os investimentos em usinas de etanol e biodiesel também criam boas chances de trabalho no interior de São Paulo e nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, locais onde há intensa produção de cana-de-açúcar.

Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).

O curso

As disciplinas básicas são matemática, física, informática e economia. Na parte específica, o curso aborda áreas como eletricidade, combustíveis, potenciais hidráulicos, energia solar, térmica, nuclear e eólica. Esses temas estão concentrados em matérias que definem como gerar, distribuir e monitorar energia, levando em conta aspectos ambientais, sociais e econômicos. Os alunos estudam também a legislação e as normas que regulam o setor. Estágio e trabalho de conclusão de curso são obrigatórios.

Duração média: cinco anos.

Outros nomes: Eng. Bioenergética; Eng. de Energias e Meio Amb. (eng. amb.); Eng. de Energias e Meio Amb. (eng. de energias renováveis); Eng. de Energias e Meio Amb. (eng. de petr.); Eng. de Energias Renováveis; Eng. de Energias Renováveis e de Amb.

O que você pode fazer

Diagnóstico

Avaliar, selecionar e implantar o melhor tipo de energia - entre renováveis e não renováveis - e as melhores condições de uso.

Planejamento energético

Planejar e coordenar o processo de implantação de usinas e analisar os impactos ambientais, sociais e econômicos relacionados ao local de instalação.

Desenvolvimento de tecnologia

Criar ou melhorar equipamentos para geração, uso final do consumidor e para transformação de energia.

 


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino