Ecologia

22/12/2011 16:27

Bacharelado

É a ciência que estuda as relações entre o homem e a natureza, para preservar os recursos ambientais. O bacharel em Ecologia investiga a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas. Analisa o impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente e procura soluções para evitar desequilíbrios ecológicos que elas possam provocar, elaborando planos para a proteção dos recursos ambientais locais e regionais. Em laboratório, faz pesquisas com espécies vegetais e animais e estuda o efeito de produtos químicos sobre a fauna, a flora e a saúde humana. Em secretarias municipais do Meio Ambiente, avalia possíveis impactos ambientais causados, por exemplo, pela instalação de indústrias, construção de condomínios ou por outras obras de engenharia civil. Ajuda também a planejar o crescimento de núcleos urbanos, preservando os recursos naturais da região. Esse especialista deve se manter sempre atualizado sobre a legislação ambiental, iniciativas políticas e sociais. Na iniciativa privada, é contratado pelas indústrias para avaliar o impacto que as atividades produtivas possam ter sobre o ambiente. Em zoológicos, parques ecológicos e áreas de preservação ambiental, dá apoio logístico para a manutenção das espécies animais e vegetais existentes e dos recursos naturais presentes em suas áreas.

Dúvida do Vestibulando

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ECOLOGIA, ENGENHARIA AMBIENTAL E GESTÃO AMBIENTAL?

Ecologia é um curso essencialmente biológico; diferente de Engenharia Ambiental e de Gestão Ambiental, que são de cálculo e de administração, respectivamente. A Ecologia é uma área de conhecimento da ciência, da interrelação dos seres vivos e do meio físico. Já o gestor ambiental desenvolve e executa projetos que visam à preservação do meio ambiente. E o engenheiro ambiental cria e aplica tecnologias para preservar a qualidade da água, do ar e do solo.

O mercado de trabalho

Mudanças climáticas e crise de recursos aumentam a demanda por esse bacharel. A profissão de ecólogo foi regulamentada em junho de 2010. Isso significa mais reconhecimento para o profissional, em especial na abertura de vagas em concursos públicos e no estabelecimento de piso salarial. Além disso, empresas de diversos setores têm procurado cada vez mais esse profissional para fazer sua gestão ambiental e preparar a empresa para obter a ISO 14.000. Nesse caso, ele pode trabalhar contratado ou abrir empresa para prestar consultoria. "Quem opta por ser empreendedor é chamado para fazer levantamentos, inventários e fiscalização para empresas privadas e para órgãos públicos", diz José Antônio Weykamp da Cruz, coordenador do curso da UCPel. O Ibama, o Instituto Florestal, o Ministério do Meio Ambiente e o Departamento Nacional de Produção Mineral costumam abrir vagas para esse bacharel. Nas secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente, ele é requisitado para trabalhar nas áreas de recuperação e manejo de ecossistemas e de avaliação de riscos e impactos ambientais. Muitas prefeituras buscam esse especialista para desenvolver trabalhos educacionais na comunidade ou para atuar em parques e zoológicos. No setor privado, surgem oportunidades em consultorias ambientais e em indústrias químicas, têxteis e de papel e celulose. Com o rigor maior no combate aos crimes ambientais, o Ministério Público tem contratado ecólogos para atuar na perícia ambiental. Além disso, no Sul, a atividade agropecuária tem aberto um campo interessante para o ecólogo, que vai enfrentar o desafio de conjugar a monocultura extensiva com o reflorestamento e a preservação ambiental. Há oportunidades ainda na região do Pantanal, no Centro-Oeste, e na área da Amazônia, no Norte, locais com menor disponibilidade de mão de obra. ONGs e institutos de pesquisa também requisitam o bacharel para fazer diagnósticos de problemas ambientais e elaborar planos de manejo e de recuperação de áreas degradadas. Na educação, os Institutos Federais de Ensino contratam esse profissional para dar aulas. Nesse caso, e para lecionar em outras universidades, aumentam as chances de quem tem pós-graduação.

Salário inicial: R$ 1.300,00 (fonte: Associação Brasileira dos Ecólogos).

O curso

Aulas de biologia, química, geologia e matemática são seguidas de estudos mais específicos sobre ecologia, como poluição, impactos ambientais, legislação ecológica e manejo de áreas silvestres. O currículo prevê muitos trabalhos práticos em campo, nos quais o aluno aprende a coletar dados sobre a natureza e a utilizar instrumentos que avaliam a poluição das águas e do solo. Em laboratório, é orientado a fazer análises químicas e biológicas. O estágio é obrigatório, assim como uma monografia no fim do curso. É bom estar preparado para estudar muito cálculo e estatística - ferramentas indispensáveis para entender os processos ecológicos e avaliar os efeitos da ocupação humana sobre o ambiente. Fique de olho: Várias escolas oferecem Ecologia como habilitação da graduação em Ciências Biológicas (veja na página 94); outras o oferecem com o nome de Ciências Ambientais. A UFMG criou o curso de Ciências Socioambientais, que integra conteúdos de ciências sociais e ciências biológicas.

Duração média: quatro anos.

Outros nomes: Agroecologia; Ciên. Amb.; Ciên. Socioambientais; Ecol. e Análise Amb.

O que você pode fazer

Avaliação de riscos e impactos ambientais

Estudar os efeitos da ocupação de uma região pelo homem. Acompanhar o planejamento e a instalação de grandes empreendimentos, como hidrelétricas, indústrias e núcleos urbanos.

Consultoria

Gerenciar projetos, fazer auditoria e prestar consultoria ambiental para empresas públicas e privadas e organizações não governamentais.

Ensino e pesquisa

Dar palestras em escolas e em outras instituições, abordando assuntos relacionados com a preservação do meio ambiente. Desenvolver pesquisas sobre temas ambientais.

Recuperação e manejo de ecossistemas

Implantar e fiscalizar projetos de restauração de ambientes degradados. Estabelecer regras de ocupação de regiões naturais.

Turismo ecológico

Pesquisar locais, elaborar roteiros e orientar guias de turismo sobre educação ambiental.

 


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino