Fonoaudiologia

22/12/2011 15:53

Bacharelado

Será que me identifico com Fonoaudiologia?

 

É a ciência que se ocupa da pesquisa, da prevenção, do diagnóstico, da habilitação e reabilitação da voz, da audição, da motricidade oral, da leitura e da escrita. O fonoaudiólogo cuida das questões ligadas à comunicação oral e escrita. Ele trata deficiências de fala, audição, voz, escrita ou leitura. Pode atuar em parceria com fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, neurologistas e psicólogos. Com dentistas, trata de males que podem causar ou agravar problemas ortodônticos, como vícios de mastigação e deglutição. Auxilia profissionais que utilizam a voz, como cantores e atores. Pode trabalhar em clínicas, consultórios, escolas, hospitais e emissoras de televisão. Para exercer a profissão é preciso registrar o diploma no Conselho Regional de Fonoaudiologia.

O mercado de trabalho

A lei de 2008 que obriga os convênios médicos a cobrir no mínimo seis sessões de fonoaudiologia por ano para seus segurados ainda provoca um bom reflexo no campo de trabalho para esse profissional. Fora do eixo Rio-São Paulo, onde se concentra a maioria dos egressos, há boas perspectivas para quem quer ter consultório próprio. Em cidades de médio e grande portes, maternidades contratam o especialista em audiologia, para a realização de testes de audiometria em recém-nascidos, e em motricidade oral, a fim de ajudar os bebês com dificuldade de sugar o leite materno. Em hospitais de todo o país e empresas de home care, ele auxilia pacientes com problemas de respiração, mastigação, deglutição e fala. "Crescem também nas capitais e cidades de porte médio as oportunidades para trabalhar em empresas que vendem aparelhos auditivos ou realizam exames de audição complexos", assinala Simone Rocha Hage, coordenadora do curso da USP, de Bauru. Além da adaptação aos aparelhos auditivos, o fonoaudiólogo auxilia idosos na adaptação às próteses dentárias. Há procura do especialista por profissionais que necessitam de boa dicção, como locutores, executivos, oradores, músicos, atores e políticos, que aprendem a entonação e a impostação corretas da voz. O mesmo acontece nas empresas de telemarketing que utilizam técnicas de preservação da voz e da audição de seus funcionários. Em março de 2010, a Fonoaudiologia Escolar-Educacional foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa). Com isso, aumentam as chances de trabalho em escolas particulares de educação infantil e fundamental, nas quais o formado acompanha o desenvolvimento de linguagem e de ensino da língua portuguesa. Cidades do interior do país têm carência desse especialista: a maioria concentra-se nas grandes capitais. No interior, ainda há demanda de profissionais para compor os quadros dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Também há campo para atuar como perito em processos judiciais entre empregador e empregado por perdas auditivas relacionadas a ruídos no ambiente de trabalho e na realização de exames admissionais e demissionais em empresas.

Salário inicial: R$ 900,00 (fonte: Sindicato dos Fonoaudiólogos do Rio de Janeiro).

O curso

O currículo inclui disciplinas de diversas áreas do conhecimento. Das Ciências Biológicas e da Saúde, o aluno estuda anatomia, fisiologia, genética e patologias. Das Ciências Sociais e Humanas, os futuros fonoaudiólogos veem psicologia, pedagogia e ética. Boa parte da formação, no entanto, é voltada para os conteúdos específicos da profissão, como audição, linguagem oral e escrita, fala e prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios da comunicação. Há, ainda, aulas de física acústica e metodologia da pesquisa. No final da graduação é preciso fazer um estágio, bem como apresentar uma monografia.

Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer

Audiologia

Diagnosticar e prevenir problemas de audição, realizando testes e elaborando programas de redução de barulho em fábricas. Selecionar e adaptar aparelhos para correção de problemas auditivos.

Linguagem

Prevenir e tratar distúrbios como gagueira, troca de letras na fala e na escrita e retardo de linguagem. Trabalhar com comunicação suplementar ou alternativa, auxiliando crianças com dificuldade de aprendizado da linguagem e adultos vítimas de acidente ou doença grave que afetam a comunicação oral.

Motricidade oral

Pesquisar, avaliar e tratar problemas relacionados com a sucção, a deglutição, a mastigação, a respiração e a fala. Trabalhar com aperfeiçoamento dos padrões de fala e estética facial.

Voz

Aplicar técnicas para o aperfeiçoamento da articulação, respiração, entonação e pronúncia de profissionais que utilizam a voz em suas atividades, como atores, locutores, apresentadores de TV e políticos. Avaliar, prevenir e tratar problemas como rouquidão, sequelas de tumores e alteração no tom da voz.

 


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino