A Bola

26/09/2011 09:21

  Podemos definir o sentimento como uma bola; uma bola que achamos presa em um lugar inacessível, olhamos um para o outro e num ato de fé e perseverança todos se unem para resgatá-la, todos riem, se juntam e fazem acontecer...

                           ... Pronto a bola está livre.

                Mas agora o que fazer com ela?Alguém solta essa questão, que logo já tem uma resposta: Vamos torná-la nossa bola, uma bola que pertença a todos, que zelaremos  para que ela dure bastante, assim como nossa amizade.

                  Você pode estar se perguntando, por que justamente a bola é como um sentimento, não é uma comparação muito óbvia, mas o sentimento de amor é ingênuo como a bola esquecida, às vezes demoramos  para perceber que ela estava o tempo todo presa bem perto da gente,  e quando descobrimos queremos fazer com que todos se divirtam  que usufruam do fruto da união que aquele sentimento nos fornece. Logo queremos deixar nela, a nossa marca e fazer com que todos saibam que aquela não é uma bola qualquer e sim a nossa bola.

                 Mas temos tantas opções sobre o que fazer com a bola: Futebol ou queimada?Essa pergunta já divide aquele grupo tão unido, logo cada um começa a pensar em si mesmo, e se esquecem que aquela bola foi conquistada através da união. Voltemos a comparação com o sentimento, às vezes queremos decidir o que é melhor para nós mesmos e nos esquecemos que as outras pessoas tem opiniões diferentes e que talvez essa escolha não a satisfaça.

                Aquela ingênua bola passa a se tornar um símbolo de obsessão, de poder. Uma guerra se declara entre as pessoas que possuem aquela bola, aquele sentimento, que passa a demonstrar um lado obscuro, um lado que todos queremos sufocar, pois sabemos que ele não nos leva a nada. Começamos a perceber que não podemos voltar no tempo,quando um grande amigo agride o outro,cada soco é com um tiro atingindo um coração de  porcelana ,que aos poucos se quebra de forma irredutível,só que nosso coração não é de porcelana, nosso coração é constituído de carne, sangue e o mais principal de afeto e carinho.

                Talvez coloquem a culpa na bola, ou no sentimento, mas a culpa é nossa, que fazemos com que os sentimentos mais lindos virem pó. Quem sabe eles se esqueçam deste triste episódio, mas creio que uma pessoa nunca esqueça que isso sirva como forma de crescimento e que a gente aprenda que o sofrimento é a parte ruim da alegria que não podemos apagar que temos que aos poucos substituindo por nobres sentimentos, e belíssimas emoções. Afinal a vida é como a bola, que mesmo rasgada e molhada contínua girando.

 

Loren Cristina Vasconcelos 2ºv¹


Professores responsáveis: Adriana Oliveira e Vinícius Delfino